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terça-feira, 3 de abril de 2018

“O desenvolvimento dos meninos de ouro e aqueles que andam emprestados por aí”, por Ricardo Rosa

. 45 comentários

Mais um artigo do benfiquista Ricardo Rosa:

Quando olho para o plantel da equipa B e para as camadas jovens não posso deixar de ficar contente com a qualidade. Jogadores como o Ferro, o Alex Pinto, o Florentino, João Félix, Heriberto, Gedson têm grande potencial para crescer e vir a ser úteis no plantel principal. 

No que diz respeito aos jogadores emprestados André Ferreira (Leixões), Yuri Ribeiro (Rio Ave), Pedro Nuno (Tondela), Luka Jovic (Frankfurt) e o Aurélio Buta (Antwerp) deixam a antever algumas alternativas que merecem ir aos trabalhos da pré-época. O problema será como combinar isso com a ideia de um plantel competitivo, tendo provavelmente que vender alguns jogadores, emprestando outros para jogarem com regularidade, mas sem perder direitos sobre os mesmos?

Queiramos ou não, os resultados europeus não permitiram uma entrada de dinheiro tão vasta como seria de prever/gostar. E com Grimaldo e Zivkovic a serem seguidos por clubes mais abastados, com André Horta a caminho dos EUA, havendo esperança de Talisca, Cristante e Dawidowicz poderem render mais alguns milhões em percentagens ou cláusulas (tal como Gonçalo Guedes), existe sempre a noção de que precisamos de um plantel competitivo onde a quantidade e a qualidade devem ser equivalentes. Vamos ter que nos fazer valer da “prata da casa” e de jogadores que tenhamos emprestados ou possam ser recuperados a baixo custo (Pelé do Rio Ave) para juntar a elementos mais experientes como André Almeida, Jardel, Fejsa, Pizzi, Salvio, Jonas ou Jiménez.

A questão que começo por colocar é: o que fazer a quem não entrar nas contas para o plantel? Os media falam em 7 jogadores da formação no plantel da próxima época, sendo os nomes que arrisco: Bruno Varela, Rúben Dias, Ferro, Yuri Ribeiro, Heriberto, João Carvalho e Diogo Gonçalves. O que fazer com o “resto”? Haverá espaço para integrar jogadores como João Félix por exemplo? E o Umaró Embaló, onde o “colocar”?

O modelo da equipa B pode ser curto para o desenvolvimento (a nível mental, a nível de futebol jogado, etc.) para alguns jogadores (sobretudo o Keaton Parks, o Zlobin, o Lystsov, o Anthony Carter) porque precisaram de competir em plantéis mais estáveis e não tão oscilantes (onde jogadores sobem e descem aos juniores conforme a necessidade). Isto também nos deve fazer pensar no “porquê” da equipa B. Será um local onde jogadores mais jovens poderão progredir contra jogadores mais experientes? Será um local onde jogadores do plantel principal possam competir para recuperar a forma após lesões? Que sentido fará se passarmos a contar com uma equipa sub-23? Ao mesmo tempo, um campeonato sub-23 poderá não permitir uma maior evolução dado que a competição será maioritariamente contra jogadores do mesmo escalão. E já agora, como constituir um plantel destes (seja B ou sub-23), sendo que várias das apostas para a equipa B não apresentam uma lógica de desenvolvimento e progressão, quer pela idade, quer pela falha no scouting?

Postos estes fatores, onde integrar jogadores que não venham a ficar (hipoteticamente) no plantel como o Kalaica (que parece ser a 5ª opção para central) ou o que fazer com Svilar (demasiado inexperiente para o plantel principal e a precisar urgentemente de jogar com regularidade)? E como gerir o espaço do plantel tendo em conta os restantes jogadores emprestados, mas que não encaixam no paradigma da equipa B ou dos sub-23? Será que vale a pena arriscar em negócios como Cristante com uma cláusula baixa e uma percentagem baixa numa futura transferência (nem todos demonstram valor de mercado como Talisca)? E cláusulas de retorno ou anti-rivais farão sentido (como no caso Bruma)? Como reagir perante o “suposto” assédio a Embaló e que faz lembrar as transferências de 15 milhões de Cancelo, Bernardo Silva e Ivan Cavaleiro?

Creio que pensarmos o futebol do Benfica (e vivê-lo) é também refletirmos neste tipo de situações. Porque se vamos ampliar o Seixal, ter infraestruturas para aulas, no fundo aumentar o “viveiro”, o que fazer com quem não pode ou não consegue integrar o plantel principal, mas não se enquadra nos pressupostos específicos de uma equipa B ou de uma liga sub-23? 

Outra questão… valerá a pena a aposta em ambas as valências? Se não, em qual apostar? E como “alimentar” essas equipas? Será boa estratégia tentar pescar nos juniores, B’s e sub-23 dos grandes europeus, como se fez com o Willock, à medida que se fazem progredir os nossos melhores meninos?

Mais uma vez, estrutura diretiva e scouting têm a palavra, embora considere que precisemos de mudar de técnicos no que toca à equipa B e aos juniores, contratando alguém com mais capacidade de rentabilizar e mobilizar os miúdos e de evitar negócios “estranhos” como os de Elhouni, Alan Jr. ou ainda os que têm sido feitos com o Real SC?

PS: já agora, não valeria a pena manter debaixo de olho jogadores como o Óscar Estupiñán (Guimarães B) o Roland Sallai (Apoel Nicosia) ou o Vinícius (do Real SC).?

Abraços benfiquistas, Ricardo Rosa.
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45 comentários

  1. Anónimo3/4/18 19:24

    Resultado da Estratégia desta direção liderada por Luís Filipe Vieira

    começam a perceber finalmente

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  2. Anónimo3/4/18 19:35

    O campeonato Sub-23 sera menos competitivo e a evolução dos jovens será mais lenta do que na II Liga

    Mas podemos e devemos estar nas duas competições olhando como uma oportunidade para fazer evoluir duas equipas de jovens ao mesmo tempo e assim fornecer a equipa principal com mais potênciais reforços

    Isto obrigará a mais investimento nas camadas jovens

    Percebem agora o alargamento do Seixal?

    Não é betão.....é futebol.....

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  3. Anónimo3/4/18 19:37

    O Benfica tem de se organizar melhor.

    É preciso saber quais vão ser as regras da equipa de sub 23 e é imperial manter a equipa B que tem dado tantos jogadores.

    A equipa B não pode continuar a ser o laboratório de experiencias, tem de ser muito mais estavel com um 11 muito mais definido e uma tactica similar à A. No total, entre as 3 equipas o Benfica deve manter uns 50 jogadores (maioritariamente da formação) e fazer rodar alguns pela 1ª liga.

    Aos empréstimos internacionais o Benfica deve colocar clausulas de compra mas deixar também clausulas de retorno, não nos podemos dar ao luxo de perder jogadores como o Cristante por causa de uma clausula tão baixa e deixar jogadores como o Jovic com clausulas de 12M€.

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  4. Anónimo3/4/18 19:43

    Nas camadas jovens os treinadores pouco tem a dizer. A identificação, avaliação é feita pelo Scouting. A contratação é formada pela direção

    Os treinadores limitam-se a incorpora-los no plantel, e qd não servem saem

    já agora

    O Hélder e o João Tralhao têm feito um trabalho EXTRAORDINÁRIO e MUITO POSITIVO

    Quando as coisas estão no rumo certo lá vem o sentido suicida

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    1. Pessoalmente, não creio que o Hélder seja alguém com capacidade para dar à equipa B o melhor rumo. Isto é, maior domínio e competetitividade na Liga Ledman. Mas atenção, isto é a minha opinião. Fico na dúvida se o seu sucesso se deve ao que sabe fazer com o que tem na mão, se ao que a matéria prima de boa qualidade já produz independentemente do treinador. É alguém com um experiência de campo e que começou posteriormente a envolver-se no futebol jovem. Mas deixa-me dúvidas se é o homem certo para o lugar. É um pouco por aqui que o meu raciocínio vai. De resto, e lamento porque não estamos aqui para atacar ninguém (pelo menos eu não estou)... não me parece que seja caso para o dramatismo da última frase. O Emílio Peixe tem feito um bom trabalho a nível de seleção. O Steve Gatting do Arsenal é bastante interessante. O Rui Jorge é outro técnico com perfil interessante. O Hélio Sousa...

      Quanto ao João Tralhão, repito o que disse acima, com a atenuante de ver mais capacidade, sobretudo porque recebeu recentemente o prémio Treinador do Ano de Formação. A minha dúvida subsiste sempre no mesmo... existe alguém melhor para o lugar? Se sim, nacional ou não, poderemos conratar essa pessoa? Tem provas dadas?

      Abraço benfiquista

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    2. Anónimo4/4/18 08:32

      Ricardo

      é um pouco subjetivo dizer que peixe, Hélio ou Rui Jorge sejam melhores que Hélder e tralhao.

      As seleções são contextos diferentes e que me recorde nenhum deles treinou na II Liga.

      Treinar jovens é tb um trabalho de continuidade e a menos que facam um trabalho muito mau, deve-se manter a equipa para uma maior estabilidade mesmo qd as coisas correm menos bem (como no ano passado)

      O teu pressuposto é que a qualidade dos jovens é tão grande que se duvida da capacidade dos treinadores

      Mas o teu pressuposto já é o inverso nas seleções jovens onde a maioria dos jogadores é do Benfica + os outros excelentes das outras equipas.

      talvez fosse interessante avaliares o número de jogos num ano que Hélder faz e que Rui Jorge faz...e já agora as competições em que estão envolvidos num só ano, e podes ainda adicionar os jogadores novos de diferentes nacionalidades que chegam às mãos do Hélder ano após ano, e aqueles que a meio da temporada vão para a equipa A...mas há mais

      De qq forma, no fim é só uma opinião, e questionares isso é perfeitamente legítimo

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    3. Olá!

      Antes de mais, desculpa a rudeza com que respondi. Li "Quando as coisas estão no rumo certo lá vem o sentido suicida" e vi isso como um ad hominem, quando o texto que escrevi fala de tão mais coisas, mas o pessoal se fixa na questão menor nos técnicos. Digo menor porque é a que discuto menos.
      Sim, são contextos diferentes. O meu pressuposto não é bem um pressuposto. É uma dúvida... se como equipa não conseguimos melhores resultados, porque é que temos tantos jovens nas seleções? Será pela qualidade individual do jogador ou pelo somatório do que é feito com os técnicos? Ok, os nomes de que falei não treinaram na Ledman. Nem o Folha o tinha feito. Ou o Abel até certo ponto. Creio que isso pode não ter um impacto tão grande como o argumento do número de jogos. Concordo em absoluto com essa parte.

      Eu fui o primeiro a admitir, o Hélder e o Tralhão têm um sobe e desce de jogadores quase semanal. Viu-se isso como Félix recentemente. Mas a óptica é: podemos melhorar? Se sim, como?

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    4. Anónimo5/4/18 08:11

      Olá Ricardo,

      Admiro sem duvida a tua Educação e o facto de responderes sempre

      De rude nada teve a tua resposta

      De qq forma...ou já sabias ou então adivinhaste

      O Hélder vai mesmo sair

      Esperemos que o próximo faça também um bom trabalho

      Abraço

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    5. Olá Anónimo!

      Tento responder dentro dos limites da minha convalescença. E já disse por aqui, se somos todos benfiquistas, então temos que ter alguns limites como os nossos fundadores e sermos educados e cavalheiros. Pronto, li ali uma coisa que parecia um ataque à pessoa e não ao argumento e respondi um pouco mais "à letra".

      Creio que já tinha "ouvido" por aí que o Hélder estaria na rota da saída. E salvo erro isso tem algo a ver com o Mil-homens. Apesar de o próprio Hélder querer seguir a senda do Luís Castro e do Abel Ferreira. É ele que admite Vamos ver quem por aí vem. Agora é que podemos especular sobre o que disse acima. Quem é que pode ser um bom substituto? O Luisão não vai terminar a carreira agora, ou pelo menos não parece que seja essa a solução imediata. Subir o Tralhão só se tivermos alguém que dê continuidade. Confesso, agora fiquei curioso em ver quem vão "sacar" ou se a equipa B termina.

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  5. Boa tarde.
    Bom post, gostei de ler.

    Acho que temos que ver o mercado do futebol com muito pragmatismo. O Benfica não tem lugar na equipa principal para mais do que 25 jogadores, e a qualidade e quantidade é tão elevada que opções tem que ser tomadas, e é fundamentalmente uma lotaria porque o desenvolvimento de um jogador está muito dependente de factores que o Benfica não controla.

    O André Horta por exemplo, é melhor ter agora 5 milhões na mão, do que talvez, daqui a 2 anos 10 milhões? 15 milhões? Que gastos foram necessários para valorizar este jogador? E claro pode sempre acontecer de ele no futuro não querer renovar e sair a custo 0. Ou então simplesmente não valorizar e sai por 1 milhãozinho ou menos. Para quê manter um jogador nos quadros, quando temos muitas alternativas, nas quais se perspectiva melhores qualidades, e agorinha mais 5 milhõezinhos no bolso?

    As empresas tem o chamado custo de armazenamento, quanto custa ter em armazém um determinado produto por cada unidade de tempo, e isto aplica-se aos jogadores, frio e calculista, mas negócios são negócios.

    Sendo assim eu entendo que o Benfica sempre que pode vender com um bom lucro um jogador, tem que o fazer, no dia seguinte o jogador pode já não ter mercado, pode sair flop, pode lesionar-se, etc...

    O Umaro Embaló é exactamente o mesmo caso, pode vir a ser o melhor atacante do mundo, ou pode sair um Nelson Oliveira (não digo que seja mau, mas não correspondeu ás expectativas, apenas isso), para quê ter gastos de armazenamento durante anos, quando se pode ter agora 20 milhões? Qual é a probabilidade de o Benfica conseguir 40 milhões por ele em 4 anos? Não é assim tão alta, diria que baixa até em termos estatísticos, e quanto vai ter o Benfica que investir neste jogador durante 4 anos? Quantos jogadores não vão ter oportunidade de se valorizar porque estão tapados por um excesso de jogadores nessa posição?

    A politica do Benfica, tem sido muito profissional e pragmática. Num mundo de tubarões que não tem que fazer nada para ter centenas de milhões para comprar jogadores e montar plantéis, o Benfica tem que aproveitar o status quo de cada momento.

    Quanto à equipa B, a mim parece-me um caso de sucesso total, valorizamos jogadores que foram vendidos por 5-10-15 milhões sem sequer jogarem na equipa principal, desmontar este sucesso seria na minha opinião um erro tremendo, principalmente se é para colocar estes jovens a jogar num campeonato sub-23 que vai ter muito menor competitividade. O sucesso da equipa B deve-se na minha opinião ao facto de jogarem contra jogadores de todos os tipos e faixas etárias, equipas manhosas e experientes, de onde os jovens aprendem muito.

    Existe condições e quantidade de jogadores para termos uma equipa B e uma equipa sub-23, e penso que a sub-23 seria mesmo para dar rodagem à aqueles que em cada jornada, não tiveram lugar na equipa B ou nos juniores.

    Quanto a mudar os técnicos da equipa B e juniores, não vejo qualquer viabilidade nisso. Os técnicos tem feito um excelente trabalho, substituir-los por quem!? Que outros técnicos tem valorizado jovens ao ponto de vender-los por 15 milhões directamente da segunda liga portuguesa!?

    Discordo em muitas coisas da direcção do Benfica, aliás até concordo com muitas coisas que diz Bruno de Carvalho em relação ao mundo do futebol, vejo o Benfica demasiado rendido aos abutres do mundo do futebol, mas o que é certo é que o passivo começa a baixar, os títulos começam a entrar, e o maior sinal de que estamos no caminho certo é o ataque incessante dos antis nestes últimos anos.

    Se daqui a 3 anos, não estivermos competitivos na Europa, nem a abater passivo, então aí falamos.

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    1. EagleView3/4/18 22:53

      Exactamente! Não é apenas o custo de armazenamento e o risco que isso acarreta, como disse muito bem, com eventuais lesões, baixas de forma, desmotivação e o diabo a quatro, assim como o dinheiro que custa mantê-los.
      É o espaço que ocupa, tipo rolha, que impede a subida de outros jogadores que poderão até ser mais talentosos e que não podem subir porque não há espaço.

      Neste momento, e isto é um facto, temos visto que as novas fornadas são mais talentosas e estão mais bem preparadas do que as antigas e isso significa que é muito importante manter uma rotação sadia e saudável de modo a não desmotivar quem quer subir. O "timing" da venda ou da cedência dos valores é aqui fundamental.

      A maior parte dos críticos não percebe nada do que dizem, porque são levados pela emoção e por aquilo a que eu chamo o síndrome da "coleção de cromos"!

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  6. Eu não sigo a equipa B nem os Juniores, por isso qual a razão para mudar tais técnicos? Alguém que me explique, pois pelo que posso ver o trabalho tem sido extraordinário, basta olhar para onde estão a jogar os nossos jovens, nas melhores equipas nos melhores campeonatos.

    Não sei e vou extrapolar, se a razão for vitórias, então é não perceber para que servem as equipas de formação.

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    1. EagleView3/4/18 22:54

      Assino por baixo. São excelentes técnicos e já o provaram à saciedade!

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    2. Paulo, os milhões do Cancelo e companhia sempre cheiraram a tanga. Quem meteu o Guedes a render ao ponto do PSG foi o treinador da equipa A. Quem lançou o Semedo, o Lindelöf e o Éderson foi o Rui Vitória. E o Renato? Rúben Dias, quem é que o está a colocar a jogar? Claro que passaram pelas camadas jovens, não nasceram na equipa principal. Mas o maior mérito está nas exibições da equipa principal. Casos como o do Embaló ou agora o do Félix só acredito quando os vir lá e o dinheiro cá.

      Acho que de tanto ponto útil no artigo, se foi focar precisamente naquele que é o mais discutível e menos importante. Se devemos ou não trocar equipas técnicas ou head coaches. Não retiro validade ao trabalho desenvolvido, questiono é se o podemos melhorar. Em 2015-2016 ficámos à beira de descer, o ano passado foi um excelente ano e esta época vamos em 11º (salvo erro). Porque não almejar um trabalho como o do Folha? Já agora uma crítica ou uma sugestão não é sempre destrutiva.

      Coloco várias questões que creio serem importantes para o nosso futuro, com maior importância do que a que está a abordar. De recordar que o Bernardo Silva teve um dedo importante do Leonardo Jardim no Mónaco, como está a ter o Ronny Lopes. Mas temos outros jogadores como o João Nunes, que creio que poderiam ter dado mais e foram desterrados para a Polónia.

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    3. EagleView, coloco a mesma questão: poderemos melhorar o staff? E atenção reconheço que ambos lidam com sobe e desce de jogadores, que não ajuda nada na preparação das equipas.

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    4. Ricardo Rosa, tens toda a razão quando dizes que sempre se pode melhorar, e essa é precisamente a visão que penso que elevou o Benfica ao patamar que está hoje.

      O Benfica B na minha opinião deveria ser mais competitivo, sem duvida, deve lutar pelo titulo da segunda liga, mas, quantos treinadores querem treinar a equipa B do Benfica, que queiram ficar no projecto, que sejam efectivamente melhores que o Hélder Cristóvão (o que por si só é muito subjectivo)? É que temos que ver que um treinador que venha para a equipa B do Benfica, não vai ter a liberdade de ter muitas escolhas, existe um projecto, uma linha de montagem, existem caprichos, num dia tens uma equipa, noutro dia outra. Os juniores, idem aspas.

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    5. Anónimo4/4/18 08:37

      Ricardo,
      antes de Vitória tiveram de passar pelas mãos de Hélder e tralhao

      Cada um tem o seu papel....

      Quantos treinadores passaram pel B até estabilizar?

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    6. Paulo... Razão para mudar os técnicos? Como está a correr bem há que criar instabilidade para que corra mal e se possa criticar! Simples. Claro que sempre com o argumento da exigência!

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    7. Sem dúvida. Dai eu colocar a questão mas dar espaço para essa análise.

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    8. Nuno, eu não disse absolutamente nada disso. Dei a minha opinião, mas não tenho níveis de treinador, experiência prática ou quejandos que me levem a dizer: os técnicos não são bons. O que coloco em causa e creio ser legítimo é isto: podemos melhorar essa vertente? Eu acredito que sim. Dou um exemplo, pode parecer que não tem nada a ver mas se calhar até tem... A Roma queria alguém para dirigir o futebol, com capacidade e espírito de inovação. Quem é que foram buscar? O Monchi do Sevilha. Foi só o homem que ajudou o Sevilha, desde 2000 (creio) a saltar para patamares maiores. É ler aqui:

      https://www.si.com/planet-futbol/2017/04/10/sevilla-monchi-sporting-director-la-liga-barcelona-real-madrid-atletico

      Não ando aqui a fazer propaganda pró ou anti Vieira. O que me move a escrever é algo simples... discutir assuntos relacionados com o SLB, com quem é sócio ou simpatizante e quer ver o nosso clube onde merece estar: sempre no topo.

      Dou um exemplo, eu acredito que um potencial treinador para as camadas jovens é o Luisão. Apesar de há uns 2 anos ele dizer que não queria ser treinador, o estudo do jogo, a formação que faz, a experiência, o ser um jogador com carisma no Benfica, levam-me a crer que poderia fazê-lo e ter sucesso. Mas não sou bruxo, não sei se bateria certo ou não... mas com estas "mais valias" acredito que poderia suceder ao Hélder por exemplo ou começar por ser integrado na estrutura da equipa B ou dos sub-23. Algo que podia ser tentado com o Petit, por exemplo. Não quer dizer que funcione matematicamente, mas técnicos a trabalhar, com o "sentir" da camisola do SLB são precisos. E nisso, quem por lá passou pode ser uma mais valia.

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    9. Ricardo, a minha visão de uma equipa B não é ser competitiva, ser competitiva é um produto secundário, a função de uma equipa B é preparar jovens jogadores para almejar chegar á equipa principal, e criar valências nesse âmbito.

      No desporto sempre fui contra a especialização precoce devido aos problemas que daí advinham, e basta olhar para todas as modalidades e onde páram os atletas que são campeões nas camadas jovens, sentido contrário dou o exemplo do Lindelof que na equipa B dava casas atrás de casas e na principal mostrou uma concentração que não tinha na B.

      Em relação a treinadores e ao que aprendem com os treinadores das equipas principais, digo-te, aprendem pouco, o mair volume de aprendizagem é feito nas camadas jovens e é onde devem estar os melhores treinadores, o que normalmente é inverso, pois paga mal, etc

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    10. Caro Paulo, eu creio que precisamos das duas vertentes. Temos que formar a jogar e ajudar a crescer, mas sempre com uma cultura competitiva alta e exigente. Caso contrário, podemos ter jogadores que depois não aguentam a exigência de jogar numa I Liga, mesmo que num clube de meia tabela.

      O Lindelöf jogava a lateral direito num jogo, noutro a central, noutro a trinco... dava algumas fífias, mas lá está, foi puxado pelo Rui Vitória, foi trabalhado fisica e mentalmente e agora é o que é. Podia ser melhor se não tivesse ido para o United e estivesse a ser treinado por alguém que não o Mourinho, que cada vez que um defesa falha um corte quase que o dispensa do plantel.

      Em relação ao último parágrafo, estamos a falar de coisas diferentes. Um jogador nos seus 20's tem uma estrutura mental e psicológica diferente da de um com 14, 12, etc. É importantíssimo termos os melhores em todas as camadas. Mas se chegam a séniores e alguém como o Bernardo Silva leva com um Domingos ou um Leonardo Jardim, são coisas muito diferentes. Olha o Guzzo, por exemplo. Uma grande promessa, mas não está a dar nada. O Diego Lopes é outro. Chegou a tirar o lugar ao Bernardo nas camadas jovens, mas agora está no Rio Ave com 23 anos e até pode vir a dar um jogador muito melhor, mas temos andado a mandá-lo para a Turquia e para a Grécia para quê?

      No fim todos queremos o mesmo. O 37, os miúdos a crescerem, aparecerem e honrarem a camisola e uma série de outras coisas. Abraço

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  7. Finalmente alguém que fala só do Benfica.
    Estou um bocado farto de ler sobre futebol de gabinete!
    Em resposta ao autor, dizer só que tudo que seja jogador sem espaço na equipa A ou B, serão para emprestar/desvincular, dependendo da avaliação feita pela estrutura do futebol benfiquista.
    Não sei se uma equipa sub-23 seria benéfica para o clube, pois parece-me que a intenção sempre foi confrontar os jovens valores com as velhas raposas da segunda liga.
    Cumps.

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    1. Concordo totalmente, só vejo esta equipa sub-23 como um Benfica C, em que todas as semanas reune-se todos os jogadores não convocados para o Benfica B e Juniores, e siga, só mesmo para que todos tenham um jogo competitivo todas as semanas, que seria saudável psicologicamente.

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    2. Bem, já começamos a chegar onde pretendia. Há um artigo onde o Guardiola fala precisamente sobre a questão dos sub-23:

      https://www.telegraph.co.uk/football/2017/01/20/manchester-city-manager-pep-guardiola-calls-premier-league-b/

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    3. Guardiola que tem muita experiência com este estilo, sempre bom ouvir um excelente profissional, um dos melhores do mundo, corroborar as nossas teorias de manager de bancada!

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    4. Eu sou suspeito porque o considero o melhor treinador da actualidade. Foi um grande jogador, é alguém que se preocupa em absorver elementos extra-futebol para os importar para o jogo, começou no Barça B, tem noção da importância de integrar os jovens em condições nas equipas. Por isso é que digo que o melhor que aconteceu a Guardiola não foi aparecer como treinador do Barcelona, mas sim o ter sido lá jogador e ter treinado o Barça B.

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  8. Viva,

    Antes demais parabéns pela qualidade do artigo, finalmente algo a colocar a debate algo importante para o futuro do clube e mesmo do futebol nacional.

    Concordo com tudo o que é dito nomeadamente a importância de mantermos jogadores experientes para que tudo faça sentido e possa ser feito de forma bem feita.

    Já agora levanto uma questão que pode ser importante se o campeão de Juniores mantiver a atual forma (desconheço como será na próxima época) os clubes vão ter interesse nesta competição pois o campeão apura-se para a Y. League uma prova que trás visibilidade aos jovens.

    Depois acredito eu que o SLB ainda está numa fase de aprendizagem, o Seixal não tem mais de 12 anos e a aposta na formação da forma como atualmente é feita tem muito a ver com a contratação da atual equipa técnica, logo ainda recente mas que tem dados resultados muito positivos no que toca a integrar jogadores no plantel principal.

    De todos os jovens referidos acredito que será mesmo João Felix quem terá mais hipóteses de jogar com regularidade a médio prazo, acredito que Y. Ribeiro até possa assumir-se como titular, mas é Felix a mais valia, mas há ai jovens que podem surpreender.

    De resto tenho muita confiança na atual equipa técnica e no scouting do clube, tem dados boas indicações por isso é aguardar com serenidade. Agora gostava de ver o clube com capacidade de segurar estes meninos mais tempo, não deviam sair com 3 a 4 épocas realizadas ou com 23 a 24 anos, mas isso vai com o tempo e com calma acredito que possa começar a suceder.

    Já agora e se olharmos ao atual "onze" do SLB já tem muita juventude, Bruno Varela, Grimaldo, Ruben Dias, Cervi, Zivkovic ao qual se juntaria facilmente Krovinovic, logo acredito ser dificil integrar mais jovens tem que ser de forma muito gradual.

    E para terminar, esperava mais um ano por Alex Pinto, é bom jogador mas não sei se tem capacidade de ir já para a titularidade caso a situação se proporcione, mas pronto apenas uma ideia minha.

    Parabéns mais uma vez e mais artigos destes são sempre bem vindos

    Abraço

    Targarien

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    1. Caro Targarien, não creio que o Alex tenha estofo para titular. Mas já vimos coisas esquisitas acontecer. :)

      De resto, concordo em absoluto.

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    2. Anónimo4/4/18 18:06

      O que lhe falta é técnica, náo é estofo.

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    3. Quando falo em estofo, quero dizer que acho que ainda precisa de mais uns Danoninhos. Prefiro vê-lo rodar num clube com condições para jogar a um nível mais elevado.

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  9. Acho que o facto de termos muita qualidade nos jovens que temos no plantel ou na equipa B nunca será um problema. Seja porque essa qualidade vai ser rentabilizada desportiva ou rentabilizada financeiramente. Se todos esses saíssem por 15M€ teríamos um lucro gigante. :D

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  10. Off topic: alguém vai fazer um post sobre o que o José malheiro está a dizer na TVI24?

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    1. O que é que ele está a dizer? João Malheiro, não é?

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  11. Anónimo3/4/18 23:53

    Por momentos, pensei que tinha caído noutro blogue.
    Falar de futebol e ainda por cima elogiar a atual estratégia? Tinha de ser realmente alguém de fora...

    Não concordo com tudo o que está escrito, principalmente na parte dos técnicos, que têm feito um trabalho fantástico, mas é um tema que, apesar de vir com muito atraso aqui no NGB, só vem mostrar aquilo que muitos benfiquistas já perceberam há muito: o Presidente pecou por defeito quando disse que estávamos 10 anos à frente da escumalha. Veja-se quantos jogadores do Maior estavam na equipa que derrotou hoje o Brasil...

    Tal como é hábito em Portugal, só depois de muito bota abaixo e de todo o trabalho extraordinário que se tem feito para levantar o Benfica, é que se percebe a magnitude de uma obra de muitos anos, cujos frutos se tornam cada vez mais regulares e apetecíveis.
    O resultado está à vista: seleções jovens repletas de jogadores do Benfica, jogadores formados no Seixal nos principais campeonatos do mundo, marca Benfica em altas, passivo controlado e com tendência para descer, cada vez mais receitas, títulos e os rivais de rastos. Além disso, ainda temos as modalidades (masculinas e femininas), que nunca ganharam tantos títulos, incluindo títulos internacionais.
    Voltando aos miúdos, o Benfica está tão à frente dos outros que aquilo que aqui se chama a política do betão, permitir-nos-á fugir aos juros pornográficos de bancos que enterram dinheiro de todos nós em clubes falidos, para podermos investir e manter o nível cá dentro. E chegará o momento, com o clube finalmente no patamar que merece, em que começaremos a cimentar a nossa posição lá fora.
    Com bases destas, não custa sonhar...

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    1. E a selecção A tem poucos formados no Benfica porque este seleccionador é na minha opinião um péssimo seleccionador sem visão futura e focado em ver se a experiência nos dá outro reco no campeonato do mundo....

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    2. O Fernando Santos nunca superou o trauma de ter sido mandado embora do SLB. A esta hora, o Varela merecia ir aos convocados, como o André Almeida. Se não levar o Rúben Dias é porque das duas uma: admite que tem problemas com jogadores do SLB ou porque o moço se lesionou. É que neste momento com o Rúben Semedo preso não tem muito por onde escolher se quiser fazer boa figura.

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  12. Parabens ao autor pelas considerações bastante pertinentes, ao qual o primeiro comentario responde sem espinhas!! O que se esta a passar e pelos vistos vai continuar, com os meninos de ouro é o resultado da estrategia seguida pela direção, nem vale a pena andarmos armados em romanticos a pensar num Benfica made in Seixal poeque na realidade o que esta por detras disso é uma "maquina" mto grande e gulosa que precisa ser alimentada€€€ se é que me faço entender. Isto é assunto p/ outra altura e apelo a gestão do blogue para voltar ao tema mais tarde, agora interessa é o choco frrrito ja no prox fds. Carrega Benfica!!!

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  13. excelente o teu post.

    quanto aos emprestados que dizes o buta não me parece que tenha mostrado, este ano, principalmente por ser um campeonato ainda mais fraco que o nosso que mereça ser opção para a equipa principal.

    nessas contas dos sete da formação para o próximo ano só tens um problema é que o heriberto não é da nossa formação.

    eu sempre achei que a equipa b deveria o local onde os que ficam fora dos convocados da equipa principal e os que retornam de lesões, prolongadas, deveriam actuar mas esse nunca foi o modelo utilizado, pese embora algumas excepções que por o serem só confirmam a regra, e não é agora que o será por isso será uma discussão em vão.
    alias o svilar tinha de ser o titular da equipa B e só no caso de incompatibilidade de estar no banco da principal com jogar na B é que não seria, e não o sendo tem de ser emprestado parado, nesta idade, é que não serve.

    na minha opinião não faz sentido ter equipa B e sub-23, até porque não temos jogadores para as duas, até porque na B grande parte dos jogadores são ainda juniores, a não ser que se contratem mais jogadores nesses negócios "estranhos" e entre as duas prefiro a B.

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  14. O que se tem feito na formação é de grande qualidade, não tenho opinião sobre as capacidades técnicas dos treinadores.
    Sou pela equipa sub-23 e B. Sub-23 para o primeiro ano de transição de júnior para sénior, a B para os seguintes. 18 jogadores para cada uma.
    Plantel A 24 jogadores.
    Emprestados 11, 1 por posição.

    Ano que vem:
    Hradecký, Vlachodimos e Varela (André Ferreira)
    Almeida, Ebuehi, Jardel, Rúben, Ferro, Raúl (Braga), (...), Yuri
    Rafa, Cervi, Zivkovic, Diogo
    Pizzi, Krovinovic
    Fejsa, Rakip (?) - gostei de Sander Berge associado ao Benfica!, MUITO INTERESSANTE.
    Félix (100 MILHÕES DE CLAUSULA POR FAVOR!) e Willock
    Jonas, Raúl, Seferovic, Heri

    Treinar um 4.4.2 losango, para permitir a entrada de 2 avançados.

    Acho fundamental a contratação de um lateral esquerdo com experiência. FUNDAMENTAL.


    João Carvalho, Kalaica, Gedson e Florentino bem como Pedro Rodrigues são jogadores, mas precisam de rodagem em equipas competitivas. O José Gomes precisa de começar a marcar golos.
    Gostava do Lystcov, mas...

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  15. Anónimo4/4/18 06:44

    O melhor jogador da formação, e que por acaso está emprestado, nem aparece na análise.
    Só por aí se percebe quão fraca é.

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    1. Infelizmente não consigo perceber quem refere. E se ler com atenção, não fiz uma lista exaustiva. É um resumo com várias questões.

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    2. Anónimo4/4/18 14:32

      Deve ser o Pedro Rodrigues, (Pêpê) também reparei, mas é mais uma opção válida

      Targarien

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    3. Ricardo Rosa, não ligues a estes Anónimo(s), muitos são dragartos a querer bola, visto que dentro de campo bola zero!

      Vem para aqui provocar, criticar, sem apresentar argumentos.

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    4. Admito que me falhou o Pêpê. Mas também deixei o Pedro Amaral de fora. O Pêpê precisava de um clube a lutar por mais do que por não descer. Curiosamente, quem tem rentabilizado alguns jogadores tem sido o Rio Ave. Mas seja, incluamos o Pêpê e queira Deus que ele possa ser uma boa opção já para o ano.

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