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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A Entrevista de LFV.

. 5 comentários

Fonte: A Bola.

Uma entrevista ao nível de LFV. Não assume qualquer erro, torna a chutar para o futuro os resultados que em 12 anos foi incapaz de produzir como primeiro responsável do clube, e 'responde' com a cartilha de Jorge Jesus. As tretas dos 10 pontos na Champions ou do jogo na Grécia, esquecendo por exemplo o empate em casa com os mesmos gregos.

A história de que sofreu muito no final da útima temporada, quando nem no jogo chave que era o do Estoril se deu ao trabalho de estar presente, preferindo ir tratar da vidinha para o Brasil...

Falta de coragem em assumir que a renovação com JJ foi SUA e de mais ninguém.

Um discurso estafado, produzido para LFV, bom para declamações em jantares nas Casas do Benfica, mas que deixa à vista uma realidade trágica: para eles, LFV e JJ, tudo está bem. 

2014 afigura-se mais um ano muito complicado para o nosso clube. Infelizmente.


É com um discurso frontal que o líder encarnado coloca o dedo na ferida que foi o mês de maio de 2013, assume o desalento pelos dois últimos campeonatos que o Benfica «entregou» ao FC Porto e não esconde que a vida não está fácil no Portugal de hoje. Porém, tem um rumo para os encarnados e acredita na equipa comandada por Jesus.

A formação do Benfica já produz internacionais e consegue títulos em todos os escalões. Mas os jogadores não passam da equipa B, sendo que as oportunidades na equipa principal são residuais. Isto não é um contrassenso? 

Há uns anos era porque a formação não produzia jogadores, agora é porque não jogam todos na equipa principal? Temos de ter calma, a formação é um projeto de sete a dez anos, como sempre o assumimos, e os frutos começam a aparecer, mas não podemos querer que de um momento para o outro haja cinco, seis jovens da formação na equipa principal. Há etapas que não devem ser queimadas, há uma maturidade que se tem de ganhar com paciência. As oportunidades já surgiram e vão continuar a aparecer... 

- Quando a SAD do Benfica renova com os jovens talentos e introduz cláusulas de rescisão milionárias, não está à espera de outro comportamento do treinador, mais adequado à filosofia do clube? 

- As cláusulas são um ato de gestão. O trabalho do treinador é um capitulo à parte, mas já agora aproveito para lhe dizer que o treinador sabe qual é a estratégia e o caminho traçados em relação à nossa formação. Convém que ninguém se iluda, a pressa é sempre má conselheira, mas é evidente que os jovens vão ter obrigatoriamente cada vez mais espaço nas nossas equipas de competição. O sonho de todos os benfiquistas, e o meu também, é ter, tanto quanto possível, porque haverá sempre lugar para quem nos venha ajudar a ser mais fortes, um Benfica made in Benfica. 

-Sobre a política de contratações, como se explica a chegada de tantos sérvios? 

- Porquê? Se fossem brasileiros ou argentinos não havia problema? O Benfica investe onde há bons jogadores, esse é o critério e a verdade é que a escola de futebol sérvio tem tradição e já estava a ser acompanhada pelo nosso scouting há algum tempo. Aliás, fruto do trabalho do scouting é que foram identificados os jogadores que foram contratados, nada mais que isso. A única linguagem que vale num balneário é a linguagem do futebol. 


- Os jogadores emprestados são fonte de receita, de despesa ou são um investimento? 


- Até agora fonte de receita, raramente o Benfica empresta sem gerar receita, mas é evidente que também representam um investimento. O ano passado tivemos um encaixe de quase 5 milhões de euros com jogadores emprestados. Mas ao mesmo tempo, os empréstimos visam um outro objetivo. Sabemos que há jogadores que cabem no futuro do Benfica, mas que no imediato não têm espaço no plantel. Nesses casos é preciso que eles ganhem competitividade.

A formação do Benfica já produz internacionais e consegue títulos em todos os escalões. Mas os jogadores não passam da equipa B, sendo que as oportunidades na equipa principal são residuais. Isto não é um contrassenso? 

Há uns anos era porque a formação não produzia jogadores, agora é porque não jogam todos na equipa principal? Temos de ter calma, a formação é um projeto de sete a dez anos, como sempre o assumimos, e os frutos começam a aparecer, mas não podemos querer que de um momento para o outro haja cinco, seis jovens da formação na equipa principal. Há etapas que não devem ser queimadas, há uma maturidade que se tem de ganhar com paciência. As oportunidades já surgiram e vão continuar a aparecer... 

Como viveu o presidente do Benfica os dias em que o seu clube tudo foi perdendo, Liga portuguesa, Liga Europa, Taça de Portugal? 

- Não há palavras que possam traduzir o sentimento, a sensação de frustração que senti - como todos os benfiquistas - durante esses dias e que acompanhou durante muitas semanas. Tivemos mérito em chegar lá, creio que não tivemos a sorte do jogo em duas dessas finais e, claramente, não estivemos a altura do que nos era exigido na final da Taça de Portugal. É um ano para não esquecer, foi sem dúvida dos momentos mais difíceis que vivi aqui no Benfica. 

- A decisão de renovar o contrato de Jorge Jesus, no contexto em que sucedeu, foi a mais difícil, no âmbito desportivo, dos seus mandatos? 

- Acho que a pergunta deve ser feita de outra forma. Que gestor, analisando o que tinha sido feito nos últimos 4 anos, tomaria uma opção diferente? Houve uma avaliação séria ao trabalho de Jesus. Este foi o primeiro ano em que, no atual formato da Champions, estivemos no pote 1. No primeiro ano do Jesus o Benfica era 23.º do ranking europeu, na época passada acabamos em 5.º, atrás do Bayern de Munique, do Dortmund, Chelsea e Real Madrid... Isto são factos. Em quatro anos estivemos numa meia-final e numa final europeia... Quando se lidera um Clube como o Benfica há muitas vezes a tentação de gerir com o coração, e isso é o pior que podemos fazer. Jesus cresceu e evoluiu ao longo destes quatro anos, mas o Benfica também evoluiu e cresceu com ele. É evidente, tenho essa noção, seria sempre uma decisão que não mereceria a concordância de todos, mas qual é a decisão que merece unanimidade? 

- Fica a ideia de que o Benfica tem tido muita dificuldade em ultrapassar o bloqueio psicológico do maio maldito... 

- Acho que efetivamente durante demasiado tempo não nos conseguimos desligar desse final de época. Não começamos o campeonato com zero pontos, começamos muito abaixo de zero, porque efetivamente foi traumático, mas creio que passados estes meses esse capítulo já está fechado. Porventura ainda não estamos a jogar o que jogamos no ano passado, mas vamos lá chegar, estou convencido disso. 

- Seis meses depois, já a frio, que balanço faz do caso entre Jesus e Cardozo? 

- O mesmo que fiz no próprio dia. Não devia ter acontecido, mas também é verdade que ganhou uma dimensão maior da que devia porque foi um caso que envolvia futebol e envolvia o Benfica. Como é evidente não fiquei satisfeito, mas não podemos nunca retirar do contexto as situações. Sinceramente creio que foi bem resolvido. Não houve nenhum ultimato de ninguém, houve ofertas mas não houve garantias, o jogador reconheceu o erro, foi penalizado e, finalmente reintegrado.

- Não levou muito tempo a resolver? 

- Essa é a crítica mais ouvida da parte daqueles que estão de fora, que não percebem que o futebol é um jogo de emoções, que acham que tudo se resolve de forma simples. Muitas vezes acontecem situações que os jogadores não conseguem controlar, há inúmeros casos desses e em todos eles a solução nunca é fácil porque envolve três vertentes: a desportiva, a financeira e a humana. Quem disser que um caso destes é fácil de gerir e resolver não sabe o que está a dizer. 

- Continua a sentir Jorge Jesus como parte da solução?

- Pelo que disse atrás, a resposta é sim. Temos beneficiado com a estabilidade da equipa técnica. É evidente que esperava ter mais títulos conquistados nestes anos, mas precipitar uma decisão pode significar destruir um longo caminho que foi construído até aqui. 

- A mensagem de Natal que enviou a todos os benfiquistas tinha recados para o treinador? 

- Eu não mando recados ao meu treinador, eu falo com ele quando é necessário. Isso não passou de um título de jornal que muito provavelmente não tinha nada melhor para ter na primeira página nesse dia e que, depois, alguns especialistas desenvolveram. Não acha que expressei o sentimento de todos os benfiquistas? Se não digo nada é porque devia dizer, quando manifesto o sentimento de todos os benfiquistas é porque estou a enviar recados..... Há uma coisa que tenho a certeza, Jesus concorda com a mensagem de Natal na totalidade, como aliás já o manifestou publicamente. 

- O treinador, como se viu, por exemplo, em Guimarães, não anda com os nervos demasiado à flor da pele?

- Não. O Jesus sempre foi assim, desde o primeiro ano em que chegou ao Benfica sempre foi igual. Não é uma questão de nervos, é uma questão de feitio. Há quem goste, há quem não goste, mas aquilo é ele. 

- A irregularidade exibicional do Benfica, de mãos dadas com a crise que continua a assolar Portugal, tem afastado adeptos da Luz. Como inverter este ciclo?

- Há uma coisa que é verdade, que é a irregularidade exibicional do Benfica. Quanto ao afastamento de adeptos da Luz não corresponde à verdade. Dos seis jogos em casa disputados para o campeonato, em termos comparativos com o ano passado, estamos com mais espetadores, mesmo tendo em conta que no primeiro jogo tivemos menos 18 mil espectadores, fruto da ressaca do fim da época. O que significa que nos restantes cinco jogos estivemos sempre acima da média de espectadores da época passada. Mas isso não invalida que efetivamente estejamos a apresentar exibições que não estão ao nível do que podemos fazer. Já agora, também não podemos esquecer a crise económica e, principalmente, a carga fiscal cega que taxou o futebol com 23% IVA. 

- Sente-se compensado do esforço que fez ao manter os jogadores mais valiosos do Benfica no plantel? 

- Foi um esforço assumido e que não me arrependo de o ter feito. É evidente que ficar de fora da Liga dos Campeões foi uma desilusão e mais duro é esse golpe quando ficamos de fora perante um Olimpiakos em cujo campo fizemos o melhor jogo da época e num jogo onde deveríamos ter ganho de forma folgada. É duro ainda quando conseguimos 10 pontos e houve equipas a passar à fase seguinte com 6, mas isso é futebol e nada podemos fazer. Ficaria arrependido se não tivesse feito esse esforço. 

- Lembrou que o Benfica fez 10 pontos na Champions, mas mesmo assim ficar em terceiro lugar num grupo acessível não é demasiado frustrante? 

- Frustrante foi não ter passado a fase de grupos, o resto é secundário. Grupos acessíveis? Essa é a parte do futebol falado. Não adianta dizer que fomos superiores ao Olimpiakos, porque o fomos, infelizmente as bolas não entraram.
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5 comentários

  1. No meio de tudo isto, o que mais me entristece, entristece mesmo pq não ha modo de reinterpretar isto, é o facto desta gente se agarrar a uma meia final europeia perdida para o Braga, o Braga, leiam bem, como um facto ilistrativo.de sucesso. Isto é bater bem la no fundo e dói. Bom ano.

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    1. Anónimo2/1/14 14:35

      O mais triste é que há muita gente que vai atrás desta cantiga do vigário...! As vezes ponho-me a pensar no que vai ser dos vieiristas quando levarem com o choque da realidade? E depois, o que vai ser do Benfica? Como este saio pior encomenda do que o carnaval que fez a volta do vale tudo...! O Pinto está muito quietinho por esses dias não acham? Pois é o mesmo comportamento teve ele quando estava expectante para eleição do F gomes...

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    2. Anónimo2/1/14 14:38

      Digo mais, com esta entrevista fica bem claro que a cama ao JJ está feita e para o sistema permacer viva dentro do Benfica algum terá que sacrificar para a pátria corrupção e, claramente sairá bem remunerado e esse é o JJ, que não haja dúvidas que é o que vai acontecer entretanto, nada vai mudar...

      Benvas

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  2. Anónimo2/1/14 15:32

    Para não assumir a nossa incompetência é mais fácil acusar as bolas por não entrarem, como se tivessem alguma obrigação de entrar, em vez de ter-mos a mestria de as introduzir na baliza... Eu digo isso porque não acredito em sorte de todo principalmente neste episódio do Benfica que tenho acompanhado com especial atenção e, desde sempre critico vendo pelos jogos, pelo comportamento dos jogadores em campo, do treinador, da sua leitura dos jogos, da forma como aborda e faz mexidas, por sua não correcção oportuna de erros, pelo seu modo de dirigir aos jovens, pela falta de tranquilidade que os seus jogadores aparentam quando entram no campo, com caras de pânico traduzindo o seu total desnorte e ficar sempre aquela sensação do Deus nos acuda etc. Que fique claro que não é preciso eu estar presente nos treinos de qualquer equipa que seja, para saber o nível de qualidade do treinamento que vem tendo e, mesmo se há alguma evolução, se ela está no ritmo certo ou não. Não me venham com tretas, porque o treinamento deve reproduzir muito do jogo e o jogo do treinamento e o treinador tem de tirar de um para o outro e não vejo o JJ fazer isso e, não é a primeira vez que faço essa crítica. É que no Benfica do JJ os erros são praticamente crónicos e não se corrige mesmo aqueles que acontecem durante um jogo por exemplo.Que o JJ não tem qualidades que me convencem, disso eu não tenho dúvidas desde que arranjei uns quantos inimigos por criticá-lo na época em que foi campeão sem saber o A, B, C! Que va aparecer algum iluminado aqui para dizer já que critico tanto o JJ porque é que não vou eu ser o treinador, ah isso é um argumento que já se sabe é de mais alguém incapaz de contrariar aquilo que está mais que visível e teimam em não querer ver e preferem ir na cantiga do LFV que por sinal só é burro e "lerdo" quando se trata de futebol e do Benfica. Em paralelo, é muito esperto já que é um dos mais ricos e poderosos de Portugal. Às custas de quê, ou melhor, de quem?

    Benvas

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  3. Tenho nojo em ter esse Sr. como presidente do meu clube.

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